Tratamentos Realizados

Fratura por osteoporose

Um número muito grande de indivíduos apresenta osteoporose ou osteopenia, condição caracterizada por perda da matriz e resistência ósseas devido a alterações principalmente no metabolismo do cálcio. A incidência é muito maior em mulheres (especialmente após a menopausa) e aumenta consideravelmente com a idade. Estima-se que 40% das mulheres com mais de 80 anos tenham osteoporose. Entretanto representa um fenômeno bastante comum entre homens também.

Devido ao enfraquecimento das vértebras, esforços por vezes não muito intensos determinam fraturas em compressão do corpo vertebral. Estas fraturas podem causar muita dor, deformidades e perda da altura das vértebras. Ocorrem com mais frequência na coluna torácica baixa ou média, mas podem acometer também a coluna lombar. 

Apesar de ser a osteoporose a causa mais frequente podem ser secundárias também a tumores (principalmente metástases) ou trauma. Metástases devem ser suspeitadas sempre que uma fratura por compressão for diagnosticada num paciente mais jovem que 55 anos e sem história de osteoporose. 

Em pessoas com osteoporose grave, esforços mínimos como descer uma escada ou dar um espirro podem resultar em fraturas. Para pessoas com osteoporose moderada (menos acentuada), usualmente é necessário um esforço um pouco mais intenso, como levantar um peso maior ou sofrer uma queda, para que ocorra a fratura. 

Os sintomas mais frequentes são (isoladamente ou em combinação): 

  • Início súbito de dor intensa 
  • Aumento da intensidade da dor quando em pé ou sentado
  • Diminuição significativa da dor quando deitado
  • Mobilidade limitada da coluna
  • Eventualmente redução da altura e/ou deformidade perceptível na coluna
  • Dor (ou acentuação da dor) à palpação do processo espinhoso da vértebra comprometida

Embora o diagnóstico quase possa ser feito unicamente pela história e exame físico, alguns exames de imagem são necessários para definir a gravidade do problema (existência de instabilidade ou compressão de estruturas nervosas) e para indicar o tratamento.

Exames de imagem para diagnóstico: 

  • RX de coluna 
  • Tomografia Computadorizada (TC) de coluna
  • Ressonância Magnética (RM)
  • Densitometria óssea

Na imagem de RM a existência de hipointensidade de sinal nas imagens ponderadas em T1 e aumento de intensidade de sinal (hiperintensidade) nas imagens em T2 são características de fraturas agudas.

Tratamento não cirúrgico: 

  • Repouso no leito 
  • Medicamentos analgésicos
  • Colete lombar

Tratamento cirúrgico:

  • Vertebroplastia: consiste na injeção de cimento ósseo na vértebra. Este procedimento é realizado em sala de cirurgia, sob anestesia geral (eventualmente sob sedação) e com controle radioscópico. 
  • Kifoplastia: consiste na correção da cifose mediante insuflação de um balão dentro da vértebra, previamente à injeção de cimento.

Apesar de ser um procedimento seguro, a vertebroplastia incorre em alguns riscos, incluindo o de extravasamento de cimento para dentro do canal vertebral com compressão medular. Este procedimento não deve ser realizado (ou deve ser evitado) quando:

  • Existir mais de 90% de colapso da vértebra 
  • Na presença de coagulopatias graves
  • Em casos de osteomielite (infecção bacteriana do osso da vértebra) ou discite (infecção bacteriana do disco intervertebral)
  • Ruptura da parede posterior do corpo da vértebra com extrusão de material ósseo para dentro do canal medular

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